quarta-feira, 1 de julho de 2015

Alimentos complementares


Começaremos este artigo lembrando que o Departamento de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria adota a recomendação da OMS, que preconiza o uso de leite materno exclusivo até os seis meses de idade e a manutenção da amamentação até os dois anos ou mais.

A partir deste período, está indicada a introdução de alimentos complementares, pois o uso exclusivo de leite materno não supre todas as necessidades nutricionais da criança, sendo necessária a introdução de outros alimentos. Também, é a partir dessa idade que a maioria das crianças atinge o desenvolvimento (mastigação, deglutição, digestão), que permitem receber outros alimentos além do leite materno.

Alimentação complementar é o conjunto de outros alimentos, além do leite materno, oferecidos durante o período de aleitamento.

Os alimentos complementares podem ser chamados de transicionais, quando são especialmente preparados para a criança pequena até que ela possa receber os alimentos consumidos pela família (em torno dos 9-11 meses de idade). Devem ser oferecidos, inicialmente, em forma de papa, passando para pequenos pedaços e, após os doze meses, na mesma consistência dos alimentos consumidos pela família.

Neste momento, cabe ao pediatra avaliar os alimentos consumidos pela família.
É necessário lembrar que a introdução dos alimentos complementares deve ser gradual, sob a forma de papas, oferecidos com a colher.

É importante oferecer água potável, porque os alimentos oferecidos ao bebê apresentam maior sobrecarga para os rins.

Deve-se lembrar também que a composição da dieta deve ser variada e deve-se  fornecer todos os tipos de nutrientes para a criança.

Esquema para introdução dos alimentos complementares:

  • até 6º mês- Leite materno exclusivo;
  • 6º mês - Leite materno, suco, papa de frutas;
  • 6º ao 7º mês - Leite materno, primeira papa salgada, suco de frutas, papa de frutas;
  • 7º ao 8º mês - Leite materno, segunda papa salgada, ovo, suco de frutas, papa de frutas;
  • 9º ao 11º mês - Leite materno e gradativamente passar para a comida da família;
  • 12º mês - Leite materno e comida da família.



Dra. Fernanda Formagio de Godoy Miguel
Pediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria
CRM: 104.671

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Depressão



 
Depressão é o nome de um conjunto de doenças dentro do grupo dos transtornos de humor, que causam diferentes graus de impacto em um indivíduo. Dentre elas estão o transtorno depressivo maior, o episódio depressivo maior, a distimia, as depressões induzidas por drogas, depressão induzida por uma condição médica geral e o transtorno depressivo sem outra especificação.

A depressão é atualmente a primeira causa de incapacidade na América do Norte e pode se tornar a segunda principal causa de incapacidade no mundo até 2020. Os transtornos depressivos afetam as pessoas em todos os grupos etários, mas seu diagnóstico nem sempre é feito nos idosos, devido às manifestações diferentes da doença neste grupo etário, ou pelo preconceito que ainda temos em relação à pessoa idosa. Muitos acreditam que a tristeza ou o abandono de atividades rotineiras é normal nessa fase da vida. Isto está longe de ser considerado normal, e sem duvida pode ser um indício de depressão. 

Os sintomas principais da depressão são tristeza e anedonia (perda de interesse ou prazer nas atividades habituais). Os sintomas menores são divididos em 2 grupos.

 Psicológicos:
- sentimentos de inutilidade ou culpa imprópria ou exagerada;
- redução da capacidade de se concentrar ou tomar decisões;
- pensamentos recorrentes de morte ou suicídio (pensamento, planejamento ou tentativa).

Físicos:
- distúrbios do sono (insônia ou hipersonia);
- mudanças no peso ou appetite;
- perda de energia ou fadiga;
- agitação ou retardo psicomotor.

Sintomas psicóticos podem surgir em alguns casos de depressão mais comumente em idosos do que em pacientes mais jovens. No entanto, tais sintomas são semelhantes entre os pacientes idosos e jovens, e podem incluir a culpa sobre ações passadas e pensamentos, agressividade exacerbada, delírios de doença ou mesmo francas alucinações.

O diagnóstico é feito baseado na história clínica, já que não existem testes específicos para esses transtornos. Embora a chance de melhora e o tratamento variem de acordo com o tipo de transtorno e diversos fatores complicadores, as opções de tratamento podem incluir a terapia medicamentosa, a psicoterapia ou eletroconvulsoterapia, que, bem indicada por médico psiquiatra experiente, pode ser salvadora. Combinações destes três tipos de tratamento são freqüentemente usados em casos mais complexos.

É importante esclarecer que depressão é um termo médico, e portanto para descrever sentimentos que surgem em desapontamento ou perdas, o mais adequado seria tristeza, “blues” ou baixo astral.  

Nos indivíduos idosos é muito importante considerar a questão do luto. Este pode se manifestar exatamente através dos mesmos sintomas de um transtorno depressivo maior, porém é considerado uma manifestação normal, de adaptação a uma nova situação muito difícil. É uma maneira que nosso psicológico tem para reagir e se reorganizar após uma grande perda. O luto normal com a manifestação desses sintomas tem duração média de dois a três meses. A manutenção prolongada de sintomas exacerbados por um período muito maior, sintomas gravemente incapacitantes podem levantar a suspeita de uma situação de luto complicado (anormal), ou mesmo da abertura de um quadro depressivo associado à experiência do luto. Na dúvida, o médico especialista deve ser consultado, pois o diagnóstico precoce abrevia em muito o sofrimento de quem passa por isso.

Abaixo link de vídeo da campanha sobre depressão da Organização Mundial de Saúde:


Dra Flávia Renata Topciu – CRM 121.925
Geriatra pela Sociedade Brasileira de Geriatria de Gerontologia

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Saúde bucal na Infância




 No ser humano, a face tem a função de receber os alimentos e o ar, além de ser também o centro das emoções e da fala. Por tudo isso, é essencial a manutenção da normalidade dos dentes e dos ossos da face, para que se tenha equilíbrio na realização de todas essas atividades.
    O aleitamento materno tem então um papel muito importante neste equilíbrio; e por outro lado, chupetas e mamadeiras prejudicam a amamentação, além de danificar a formação da dentição e o desenvolvimento da fala.
    Os bebês nascem sem dentes aparentes, mas a higiene oral deve começar antes mesmo do nascimento deles. Deve-se limpar toda a boca com gaze ou ponta de uma fralda embebida em água fervida ou filtrada, dando especial atenção à higienização noturna.
    Por volta dos 4 meses, os dentes de leite começam a nascer, terminando aproximadamente aos dois anos de idade. São em número de 20 e de cor branca azulada.
    Ao nascerem os dentes de leite, deve-se realizar a higienização com uma escova bem macia, após todas as refeições e antes de dormir. Usar pastas de dente sem flúor se água da cidade for fluoretada.
    A higiene bucal das crianças deve ser diária, incluindo língua e bochechas; deve-se fazer a higienização pelo menos 3 vezes ao dia, com creme dental (com flúor após 2 a 3 anos de idade), usar fio dental diariamente e manter uma alimentação saudável, evitando o consumo de açúcar entre as refeições. Se isso não for possível, deve-se fazer a higiene no máximo até 30 minutos após a ingestão dos mesmos e visitar o dentista regularmente. Até os 9 ou 10 anos de idade, ajude as crianças na escovação.
    Entre cinco e seis anos surge o primeiro dente permanente; ele define o formato correto da arcada dentária e dá o suporte à mastigação até o nascimento de todos os dentes permanentes. Esta fase vai até os 12 anos de idade aproximadamente.
    Por volta dos 15 e 18 anos completa-se a dentição permanente com o surgimento do terceiro molar (dente do cizo ou do “juízo”). O total de dentes é de 32 e de cor branca amarelada.
    No dia-a-dia, ingerimos diversos tipos de alimentos e muitas vezes não nos damos conta de como eles podem colaborar com a nossa saúde bucal. Existem alimentos capazes de ajudar na higienização: são os chamados “alimentos detergentes”. Maçã, pêra, cenoura, milho, entre outras frutas e legumes, têm propriedades benéficas para o organismo, principalmente por causa de suas vitaminas. Tais alimentos são capazes de limpar a superfície dos dentes durante a mastigação, removendo os resíduos e as placas em formação e promovendo o fortalecimento da arcada dentária, além de serem muito importantes para uma nutrição saudável.
    Existem os alimentos vilões da saúde bucal, como o carboidrato e o açúcar branco. Ambos fermentam na boca, deixando-a ácida: ambiente ideal para a proliferação das bactérias. Para evitar isso, é importante ingerir os alimentos detergentes, que promovem a auto-limpeza na boca. No entanto, mesmo ingerindo alimentos detergentes com frequência, é imprescindível a escovação e o uso do fio dental regularmente, pois eles não substituem tais funções. E, claro, sempre após as refeições!

Dra. Fernanda Formagio de Godoy Miguel
Pediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria
CRM: 104.671

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Vacinação contra Gripe


Hoje falo de um assunto que parece ser muito simples e corriqueiro,  mas que pode gerar ansiedade, dúvida e medo.
A gripe ou influenza é doença viral que aflige a espécie humana desde a Antiguidade. Embora considerada banal, a enfermidade está associada a complicações bacterianas que podem ser mortais em alguns casos.
Para combater a gripe, hoje dispomos de vacinas e algumas drogas antivirais usadas para prevenção e tratamento.

A vacina:

A vacina contra influenza é segura e uma das medidas mais eficazes de prevenção a complicações e casos graves de gripe. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.
Como o organismo leva, em média, de duas a três semanas para criar os anticorpos que geram proteção contra a gripe após a vacinação, é fundamental realizar a imunização no período da campanha para garantir a proteção antes do início do inverno. O período de maior circulação da gripe vai de final de maio a agosto.

Campanha de Vacinação:

Teve início no dia 04 deste mês a 17a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe.
A vacina da gripe disponível atualmente é preparada a partir de uma seleção de subtipos de vírus que estejam provocando surtos pelo mundo e possam representar perigo de disseminação no inverno seguinte.

É importante lembrar que as vacinas são fabricadas para serem administradas imediatamente antes das “estações de gripe”, e que esse período é discordante em relação a nós: nos países do hemisfério norte (onde as vacinas são fabricadas) elas correspondem aos meses de dezembro a março, e no Brasil de junho a agosto. Assim, quando usamos vacinas importadas, devemos lembrar que elas foram preparadas com os vírus que representavam ameaça alguns meses antes (dezembro a março) e que, em junho, outros vírus podem estar circulando para os quais a vacina não oferece proteção.
Este ano, a vacina disponibilizada pelo Ministério da Saúde, protegerá a população contra os três subtipos do vírus da gripe determinados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para este ano (A/H1N1; A/H3N2 e Influenza B). A imunização é por injeção.

Você sabia que a vacina contra a influenza é inativada, contendo vírus mortos, fracionados ou em subunidades, portanto, não podem causar a gripe. A contraindicação é apenas para aquelas pessoas alérgicas a proteína do ovo, que é usada em sua fabricação segundo o Ministério da Saúde.
Quem deve receber a vacina?

  • Pessoas com 60 anos ou mais;
  • Gestantes;
  • Mulheres até 45 dias após parto;
  • Profissionais de saúde;
  • Crianças de seis meses a menores de cinco anos;
  • Doentes crônicos e transplantados;
  • Indígenas;
  • População privada de liberdade;
  • Funcionários do sistema prisional.

Medidas de Prevencão:

A transmissão dos vírus influenza acontece por meio do contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz). À população em geral, o Ministério da Saúde orienta a adoção de cuidados simples como medida de prevenção para evitar a doença, como: lavar as mãos várias vezes ao dia; cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar; evitar tocar o rosto e não compartilhar objetos de uso pessoal.

Em caso de síndrome gripal, deve-se procurar um serviço de saúde o mais rápido possível. A vacina contra a gripe não é capaz de eliminar a doença ou impedir a circulação do vírus, por isso, as medidas de prevenção são muito importantes, particularmente durante o período de maior circulação viral, entre os meses de junho e agosto.
Também é importante lembrar que, mesmo pessoas vacinadas, ao apresentarem os sintomas da gripe - especialmente se são integrantes de grupos mais vulneráveis às complicações - devem procurar, imediatamente, o médico. Os sintomas da gripe são: febre, tosse ou dor na garganta, além de outros, como dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração.

Reações Adversas:

Após a aplicação da vacina, podem ocorrer, de forma rara, dor no local da injeção, eritema e enrijecimento. São manifestações consideradas benignas, cujos efeitos costumam passar em 48 horas.  A vacina é contraindicada para pessoas com história de reação anafilática prévia em doses anteriores ou para pessoas que tenham alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados. É importante procurar o médico para mais orientações.

Diferença entre gripe e resfriado:


Dra Flávia Renata Topciu – CRM 121.925
Geriatra pela Sociedade Brasileira de Geriatria de Gerontologia


sexta-feira, 1 de maio de 2015

Diabetes


O Diabetes Melito é uma doença que aparece em algumas crianças (além de adultos) e que costuma trazer grandes dúvidas e angústias aos pais e às crianças. Quanto mais cedo o diabetes for detectado, maiores as chances da eficácia no controle da doença e de evitar complicações futuras.

Esta doença deve-se à alteração na produção do hormônio insulina pelo pâncreas ou à uma resistência à ação da insulina pelo organismo. É a insulina que ajuda o organismo a transformar o açúcar (glicose), que é um carboidrato, em energia para o funcionamento do corpo humano. Há alimentos ricos em carboidratos, como doces, batata, arroz, macarrão, biscoito e bolacha; e a quantidade de insulina liberada pelo pâncreas depende da quantidade deste açúcar ingerido.

E por que esta doença surge? Há uma tendência hereditária, além dos fatores colaboradores, como obesidade, raça, infecções, hipertireoidismo e outros. Portanto, desde o nascimento há medidas como o aleitamento materno e a alimentação saudável que evitam a obesidade infantil e ajudam na sua prevenção ou ao menos seu controle.

Existem dois tipos de diabetes melitus:

  • tipo I: mais comum em crianças e adolescentes; está relacionado à necessidade de insulina como tratamento.
  • tipo II: mais frequente em adultos, mas com a elevação da taxa de obesidade infantil associada a uma vida sedentária e com maus hábitos alimentares, esse tipo de diabetes aumentou consideravelmente entre as crianças.

Os sintomas do diabetes infantil são: sede e fome exageradas, emagrecimento e aumento do número de vezes em que se urina. Com a piora do quadro há também grande mal estar, sonolência, fraqueza, tonturas e vômitos. À longo prazo, a doença pode causar perda de visão, derrame, infarto, hipertensão e doenças renais.

O diagnóstico é feito através da dosagem de glicose no sangue (glicemia), que estará elevada.

Para o tratamento, como medidas gerais, a criança precisa de uma dieta rica em fibras, pobre em açúcar e fracionada durante todo o dia. Exercício físico e acompanhamento psicológico são de grande ajuda. Quanto à medicação, o médico especialista determinará a necessidade do uso de insulina (mais frequente) ou medicação oral.

O mais importante é manter um tratamento e acompanhamento contínuos para evitar as complicações.

Dra. Fernanda Formagio de Godoy Miguel
Pediatra
CRM: 104.671

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Envelhecimento


O mundo está envelhecendo e nunca na história do ser humano houve a expectativa de se viver mais de 60 anos como agora. A proporção atual de idosos na nossa população e as particularidades da saúde deste segmento etário, bem como do processo do envelhecer, fizeram com que surgisse a partir da metade do século passado a Geriatria, a especialidade médica que lida com os idosos e com o envelhecer.

Ao contrário da crença comum, idoso não é tudo igual. Em primeiro lugar precisamos entender que há duas formas de envelhecimento: o envelhecimento normal (senescência) e o envelhecimento errado (senilidade).

O envelhecimento normal acontece com todos, e deste não conseguimos fugir. Ele não nos impede de fazer esporte, de cuidar do intelecto e de ser ativo; ou seja, não impõe grandes limitações à vida.

Já o envelhecimento ruim ou patológico, esse sim pode trazer terríveis limitações. E isso identificamos facilmente ao vermos um idoso acamado, que perdeu a capacidade de cuidar de si próprio. Neste caso, podemos ter certeza que seu envelhecimento não foi bem sucedido, ou seja, ele não envelheceu bem.

Então quando é que devemos nos preocupar com o envelhecimento? As pesquisas mostram que alguns dos processos biológicos do envelhecimento humano já se iniciam desde o nascimento; alguns cientistas acreditam que eles se iniciam até mesmo antes de nascer. E todos são unânimes em dizer que uma vida saudável desde a época da nossa gestação influencia em algum grau o tipo de idoso que vamos ser.

Sabemos que normalmente, por volta dos 30 anos de idade, atingimos o alge da capacidade física, tanto no aspecto mental, como nos processos biológicos de que dependemos, como a capacidade respiratória ou da filtração dos rins. A partir de então temos uma lenta queda, que faz parte do processo normal do envelhecimento; ao mesmo tempo, estaremos muito sensíveis às ações do envelhecimento ruim, que se soma ao envelhecimento normal e pode fazer com que esta queda seja muito mais rápida.
Portanto, o envelhecimento é um processo contínuo e não uma mudança súbita a partir de certa idade. Trata-se de um processo contínuo, em que a prevenção e os hábitos saudáveis ao longo da vida contribuem com o envelhecimento saudável. É um processo ativo que nos torna idoso.

Envelhece com saúde quem se previne das doenças que podem aparecer ao longo da vida, como a hipertensão ou o diabetes, de preferência através do controle dos fatores de risco, como o fumo, o sedentarismo e o colesterol alto. Vale dizer que atividade física e uma alimentação saudável são algumas das bases para o bom envelhecimento. Exames médicos periódicos e o aconselhamento médico também podem garantir que estamos no caminho certo, mas é fundamental entender que antes de tudo, o envelhecimento saudável é uma escolha e um compromisso pessoal. Um compromisso antes de tudo com a manutenção da saúde, prevenção das doenças evitáveis ou das complicações das doenças inevitáveis. Enfim, o envelhecimento saudável se resume em prevenção.

Dra Flávia Renata Topciu – CRM 121.925
Geriatra pela Sociedade Brasileira de Geriatria de Gerontologia

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Esporte na infância e adolescência


A prática de atividade física é um dos fatores indispensáveis para uma vida saudável, e deve ser valorizada já na infância.

Nas últimas décadas houve um grande aumento do tempo gasto com atividades sedentárias pelas crianças, como televisão, videogame e computador, tanto pelo aumento da tecnologia quanto pela diminuição das brincadeiras na rua. Isto resulta também no aumento do número de crianças obesas.

Vários benefícios da atividade física podem ser citados:

  • diminuição de hipertensão arterial;
  • diminuição da gordura corpórea, diminuindo o risco de infarto;
  • diminuição do risco de diabetes;
  • melhora do condicionamento físico e da auto-estima;
  • socialização.

Há uma grande variação individual no crescimento físico e psicológico entre crianças da mesma idade. Portanto, a idade não é um critério tão bom para definir o início da prática de esportes. Mas como regra geral, as atividades físicas recreativas são indicadas após 6 a 8 anos, e as competições após 13 anos.

Entre 6 a 8 anos, a criança já tem certa habilidade, e os esportes mais recomendados são:  natação, futebol,capoeira, ginástica, danças, corrida, salto e surf. Com 10 anos há maior condição de velocidade, sendo indicado o ciclismo e o atletismo.

Somente após o estirão do crescimento  é que as atividades que exigem força são liberadas, como musculação e remo. E só após os 13 anos, indica-se atividade em que haja competição.

Os pais e professores devem sempre levar em consideração o interesse e os limites da criança. Devem evitar críticas e transmitir tranqüilidade, sem cobrar resultados, principalmente em treinamentos competitivos.

Dra. Fernanda Formagio de Godoy Miguel
Pediatra
CRM: 104.671