quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Incontinência Urinária



Incontinência Urinária

Incontinência urinária é a perda involuntária da urina pela uretra. Distúrbio mais frequente no sexo feminino, principalmente após os 50, 60 anos de vida.
Essa prevalência no sexo feminino deve-se à anatomia do assoalho pélvico que, além da uretra, apresenta duas falhas naturais: o hiato vaginal e o hiato retal. Isso faz com que as estruturas musculares que dão sustentação aos órgãos pélvicos e produzem a contração da uretra para evitar a perda urinária e o músculo que forma um pequeno anel em volta da uretra sejam mais frágeis nas mulheres.
Causas
A eliminação da urina pode ser comprometida nas seguintes situações:
·         Comprometimento da musculatura dos esfíncteres ou do assoalho pélvico;
·         Gravidez e parto;
·         Tumores malignos e benignos;
·         Doenças que comprimem a bexiga;
·         Obesidade;
·         Tosse crônica dos fumantes;
·         Quadros pulmonares obstrutivos que geram pressão abdominal;
·         Bexigas hiperativas que contraem independentemente da vontade do portador;
·         Procedimentos cirúrgicos ou irradiação que lesem os nervos do esfíncter masculino.
Tipos e Sintomas
a) Incontinência urinária de esforço – o sintoma inicial é a perda de urina quando a pessoa tosse, ri, faz exercício ou movimenta-se;
b) Incontinência urinaria de urgência – mais grave do que a de esforço, caracteriza-se pela vontade súbita de urinar que ocorre em meio a atividades diárias e a pessoa perde urina antes de chegar ao banheiro;
c) Incontinência mista – associa os dois tipos de incontinência acima citados e o sintoma mais importante é a impossibilidade de controlar a perda de urina pela uretra.
Diagnóstico
·         história dos pacientes -  elaboração de um diário miccional onde registra-se as características e frequência da perda urinária.
·         exame urodinâmico - registra a ocorrência de contrações vesicais e a perda urinaria sob esforço.
Tratamento
Incontinência urinária por esforço: tratamento cirúrgico, mas exercícios ajudam a reforçar a musculatura do assoalho pélvico. A cirurgia de Sling, em que se coloca um suporte para restabelecer e reforçar os ligamentos que sustentam a uretra e promover seu fechamento durante o esforço, é a técnica mais utilizada e a que produz melhores resultados.
Incontinência urinária de urgência: tratamento farmacológico e fisioterápico. O farmacológico pressupõe o uso ininterrupto de várias drogas que contêm substâncias anticolinérgicas para evitar a contração vesical. Esses remédios provocam efeitos colaterais, como boca seca, obstipação e rubor facial.
A incontinência urinária não é um mal inevitável na vida das mulheres depois dos 50, 60 anos. Evitar a obesidade e o sedentarismo, controlar o ganho de peso durante a gestação e praticar exercícios fisioterápicos para fortalecer o assoalho pélvico são medidas que podem ser úteis na prevenção da incontinência urinária.
Se o distúrbio for tratado como deve, a qualidade de vida melhorará muito. Portanto, é importante procurar um médico para diagnóstico e identificação da causa e do tipo de perda urinária.
Há muitos fatores a serem considerados que levam à incontinência urinária do idoso, como, por exemplo, uso de diuréticos, ingestão hídrica, situações de demência e delírio, problemas de locomoção. Às vezes, a perda de urina nessa faixa de idade é mais um problema social do que físico.

Dra Flávia Renata Topciu – CRM 121.925

Geriatra pela Sociedade Brasileira de Geriatria de Gerontologia

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Asma


Asma é uma doença caracterizada por inflamação recorrente das vias aéreas, manifestando-se por dificuldade na passagem de ar para os pulmões.

Seus sintomas são episódios de sibilância (chiado), dispnéia (falta de ar), aperto no peito e tosse.

A asma pode ser controlada na maioria dos pacientes. Quando controlada, os sintomas diurnos e noturnos são incomuns, o uso de medicações de alívio torna-se infreqüente, o número de crises diminui, assim como as faltas escolares. A atividade física pode ser realizada normalmente e a função pulmonar torna-se normal.

Se a asma não for bem controlada, ela pode tornar-se crônica com limitação permanente ao fluxo aéreo, levar à limitação física e social importante e até causar a morte por ataques graves.

O diagnóstico da asma é feito baseado nos sintomas acima e por meio de um exame chamado espiromentria, que avalia a capacidade pulmonar. E a asma pode ser classificada, segundo sua gravidade, como leve, moderada ou grave.

O tratamento deve ser baseado na redução da inflamação, evitando-se o contato com fatores desencadeantes, chamados alergênios. O uso precoce de medicações antiinflamatórias também é importante, protegendo contra a progressiva diminuição da função pulmonar. O uso de broncodilatadores, através de inaladores ou sprays, é feito para melhorar os sintomas nas crises.

Em casos mais complicados, a criança poderá ser encaminhada ao especialista para o acompanhamento.

Dra. Fernanda Formagio de Godoy Miguel
Pediatra
CRM: 104.671

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Insônia


Insônia é uma sensação subjetiva de má qualidade de sono, com dificuldade em iniciar ou manter o sono e/ou sensação de sono não reparador ou não restabelecedor, mesmo em condições apropriadas para boa qualidade de sono.

A insônia não é definida com uma quantidade especifica de horas de sono. Muitas pessoas funcionam muito bem com menos de oito horas de sono por noite. Além disso, com o avançar da idade, o padrão do sono muda gradativamente seu padrão, tornando-se mais disperso, com múltiplos episódios de cochilo ao dia, ao invés de uma longa noite de sono.

É um sintoma muito comum, com prevalência de 15% em pacientes saudáveis, sendo mais comum em mulheres, idosos e naqueles com história prévia de insônia ou de comorbidades psiquiátricas.

As principais consequências são fadiga, prejuízo da qualidade de vigília, comprometimento cognitivo, distúrbios de humor, e sintomas físicos como cefaleia, diarreia e dor.  Existem hipóteses a respeito do comprometimento imune que a insônia pode causar.

DIAGNÓSTICO
De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID-10), o diagnóstico de insônia requer a presença dos seguintes fatores:
  • Dificuldade em iniciar ou manter o sono, ou baixa qualidade de sono;
  • Distúrbio do sono ocorre pelo menos três vezes por semana por pelo menos um mês;
  • Comprometimento da atividades diárias em decorrência da dificuldade em dormir.

FATORES ASSOCIADOS
Múltiplos fatores podem estar associados com a insônia:
  • Transtornos Psiquiátricos: Depressão, Ansiedade ou Comprometimento Cognitivo secundário a infecções ou alterações metabólicas;
  • Sintomas Físicos: Dor, Náuseas, Febre, Soluço, Tosse, Desconforto Respiratório;
  • Efeitos Adversos de Medicações;
  • Sintomas Psicológicos como estresse emocional e alteração do ciclo sono vigília;
  • Performance funcional (indivíduos acamados 50% do dia);
  • Fatores Ambientais;
  • Doenças Associadas (Câncer, Parkinson, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, Insuficiência Cardíaca)
  • Dietéticos (Cafeína, álcool).

TRATAMENTO
É essencial investigar cuidadosamente a causa da insônia e tratar causas potencialmente reversíveis de insônia, como por exemplo, dor, supressão da tosse ou tratamento de depressão. É importante lembrar que pacientes com outros sintomas além da insônia podem ser manejados com medicamentos que tenham sonolência como efeito adverso, por exemplo, no tratamento de depressão, náusea e falta de apetite. No entanto, medicamentos para  tratar insônia devem ser usados com cautela pois podem exacerbar outras condições também.

A abordagem da insônia deve sempre levar em consideração a performance clinica do paciente, e quando indicado o tratamento farmacológico, os potenciais efeitos adversos e os objetivos do tratamento devem ser cuidadosamente explicados.

MANEJO DE SINTOMAS
Tratamento impecável de sintomas associados a distúrbios do sono em cada paciente em particular, assim como retirar qualquer medicamento estimulantes que possa exacerbar a insônia.

Adequação ambiental para redução da insônia deve incluir:
  • Manter o quarto em temperatura média, bem ventilado, e com pouca luz à noite;
  • Evitar o uso de equipamentos eletrônicos à noite, como televisão ou música alta;
  • Mudanças no estilo de vida também podem ser muito úteis para regular o padrão de sono, como evitar cochilos durante o dia, grandes refeições ou excesso de líquidos no período noturno e evitar o uso de estimulantes como café antes de dormir.
Além disso, estimular o paciente a manter as rotinas domésticas pode ajudar na insônia, como manter o horário habitual do banho ou ter petiscos perto da cama.

TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO
HIGIENE DO SONO
Recomendações simples e práticas, facilmente aplicáveis incluem:
  • Exercícios regulares moderados ao longo do dia;
  • Evitar refeições pesadas a noite;
  • Diminuir cochilos durante o dia;
  • Evitar cafeína e álcool;
  • Manter um horário de despertar constante;
  • Evitar exposição a luzes, barulho e temperaturas extremas, com mínima excitação sensorial
  • Técnicas de relaxamento.

TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
A terapia cognitivo-comportamental é amplamente estudada com evidência científica de melhora significativa em 70 a 80% da insônia na população geral.

TERAPIAS COMPLEMENTARES
Uma grande variedade de terapias complementares tem sido usadas para tratamento da insônia, como acupuntura, hipnoterapia, aromaterapia e reflexologia.
           
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
A escolha do medicamento para insônia deve ser sempre individualizada e na menor dose efetiva possível. A manutenção de um bom padrão de sono bom é fundamental para a qualidade de vida e bem estar.

Dra Flávia Renata Topciu – CRM 121.925
Geriatra pela Sociedade Brasileira de Geriatria de Gerontologia

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Queimaduras

Toda criança é muito curiosa, e por conta disso, pode acabar se colocando em risco e se queimando.

Queimaduras são lesões que podem ser causadas não só pelo fogo, mas também por exposição a líquidos ou superfícies quentes, frio, substâncias químicas, radiação, atrito ou fricção.

Elas podem ser classificadas em primeiro, segundo ou terceiro grau, de acordo com a profundidade da lesão. Quanto mais profunda, mais grave.

Outra classificação é quanto à superfície corporal queimada; ou seja, o tamanho da queimadura. E normamente, quanto maior o tamanho da queimadura, mais grave ela é.

E por fim, há a classificação quanto à complexidade da queimadura. Existem locais atingidos que são considerados mais graves ou que têm maior complicação, como a face, o pescoço, a mão, o pé, a axila e a região genital.

Há alguns cuidados imediatos que podem ser realizados em casa, caso a criança sofra algum tipo de queimadura:
• lavar com água corrente até a dor passar;
• retirar as roupas queimadas e as que estão nas áreas da queimadura;
• hidratar a criança oferecendo líquidos para beber;
• não aplicar produtos caseiros;
• não tentar retirar substâncias grudadas, como plásticos, piche, etc.

Após os cuidados imediatos, a criança deverá ser levada prontamente ao hospital mais próximo para ser examinada, medicada para a dor, receber curativo e se for preciso, até internada ou encaminhada a um centro especializado de queimados.

A grande maioria das lesões por queimaduras pode ser tratada ambulatorialmente, não sendo necessária a internação da criança.

Mas o principal é evitar acidentes, mantendo a criança longe do fogão e de produtos químicos.

Dra. Fernanda Formagio de Godoy Miguel
Pediatra
CRM: 104.671

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Hipertensão arterial na infância








Quando se fala em hipertensão arterial (“pressão alta”), pensamos nos adultos e principalmente nos idosos. Mas as crianças também são vítimas da doença e apenas nos últimos 25 anos o problema da hipertensão arterial recebeu a devida atenção do pediatra.
A importância da hipertensão arterial deve-se ao fato de ser um grande fator de risco para doença cardiovascular, acidente vascular cerebral (AVC) e doença renal.
A pressão arterial é determinada pela interação entre fatores genéticos e ambientais: fatores dietéticos (como sódio), estresse, sedentarismo, fumo e álcool.
Nas crianças, a pressão é considerada aumentada quando estiver acima de valores que são estipulados conforme o sexo, a idade e a estatura. Para saber se a criança apresenta hipertensão, o Pediatra deverá verificar qual é o nível pressórico adequado, através de tabelas. Só será considerado que a criança é hipertensa se houver 3 medidas alteradas, em diferentes dias.
            Na maioria das vezes, a hipertensão é silenciosa, pois os sintomas associados, como dor de cabeça, zumbidos e sangramentos nasais, são raros. Então, normalmente é descoberta com uma medida de pressão em uma consulta de rotina.
            Crianças que apresentam obesidade, história de hipertensão na família ou doença renal devem ter uma monitorização frequente de pressão arterial.
            Uma vez diagnosticada a hipertensão, deve-se verificar a sua causa através de exames; quando houver uma causa, deve-se primeiramente tratá-la. Hoje sabemos que a hipertensão arterial detectada em algumas crianças pode ser secundária, por exemplo, às doenças renais.  Para o controle da pressão há orientações dos hábitos de vida e medicamentos específicos que podem ser administrados a estas crianças.
            Quando a hipertensão for associada à obesidade, exercícios físicos, orientação da dieta e redução de peso são medidas importantes a serem tomadas.




Dra. Fernanda Formagio de Godoy Miguel
Pediatra pela SBP
CRM: 104.671

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Doença de Alzheimer




Doença de Alzheimer

Um dos motivos mais comuns que leva um indivíduo, idoso ou quase idoso, a procurar um geriatra hoje é o esquecimento. Esquecimento e envelhecimento está popularmente relacionado ao temido diagnóstico de Doença de Alzheimer. Mas será que apenas esquecimento é sinal da doença?
A doença de Alzheimer (DA) afeta milhões de pessoas em todo o mundo e é a forma mais comum de demência, respondendo por cerca de metade de todos os casos. Embora originalmente descrita como uma demência "pré-senil"  (significando que ela seria uma doença de pessoas que se aproximam dos 65 anos, mas não dos idosos em si), hoje é amplamente reconhecido que a doença de Alzheimer afeta principalmente pessoas idosas. Relativamente raros na idade de 65 anos, quando apenas 1,5% têm DA, a sua prevalência duplica a cada 4 ou 5 anos até picos de uma média de 30%  de pessoas afetadas na idade de 80 anos. 
Trata-se de uma forma irreversível de demência, caracterizada por uma perda adquirida e progressiva das faculdades mentais ou funções cognitivas, como a linguagem, a praxia (complexos movimentos com significados, como o marchar), reconhecimento de objetos, funções executivas (planejamento e de decisão) e, mais notavelmente , da memória. 
Prejuízo das funções cerebrais:
Essas perdas levam a dificuldades para executar tarefas mentais necessárias para a vida diária normal, e também a sintomas comportamentais e psiquiátricos da doença, causando uma grave incapacidade para a vida independente e, à medida em que a doença evolui, a última etapa ocorre um profundo comprometimento em quase todas as funções cerebrais, restringindo o paciente à cama. O tempo de progressão da doença varia muito entre os indivíduos. O intervalo de tempo entre o diagnóstico e a morte tem sido descrito de 5 a 14 anos. 
As causas:
A Doença de Alzheimer é caracterizada pela degeneração e perda de neurônios (células responsáveis pela transmissão nervosa) em áreas do cérebro envolvidas com funções cognitivas. Essa degeneração é lenta e difusa e, inicialmente, afeta as estruturas cerebrais ligadas à memória e aprendizado, caracterizando mais comumente um paciente com dificuldades de aprendizagem e com perda de memória recente (as memórias antigas são mais consolidadas). Os outros sintomas cognitivos e comportamentais tipicamente surgem depois de um longo curso da doença da doença. 
A perda neuronal na DA está relacionada ao acúmulo de estruturas proteicas anormais pelos neurônios, comprometendo seu funcionamento. Embora este processo tem sido descrito por muitos anos e ainda é estudado, a causa global da Doença de Alzheimer é desconhecida. Os fatores genéticos são significativos, tanto na forma incomum da doença; a de início precoce familiar e, nas formas comuns da doença. Entretanto não foi identificado nenhum gene que possa sozinho determinar a doença em uma pessoa. 
Diagnostico
O diagnóstico da DA é de exclusão. Uma vez que não temos exames seguros e precisos para realizar em caso de suspeita, o diagnóstico tem de ser feito através da demonstração de história e sintomas compatíveis com a Doença de Alzheimer e a ausência de outras causas de demência. As demências potencialmente reversíveis são de grande importância para identificar, uma vez que a remissão completa ou parcial pode ser obtida com o tratamento. 
Para se investigar a possibilidade da Doença de Alzheimer, o médico entrevista o paciente e seus familiares ou responsáveis, e faz testes congnitivos padronizados para avaliar a função mental. O paciente ainda sofre exame físico detalhado e dirigido para descartar outras causas de demência, além de vários exames, incluindo exames de sangue e uma imagem cerebral (tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética são os exames mais comumente disponíveis em nosso meio para tal fim). Uma vez demonstrado que o paciente preenche os critérios clínicos suficientes para a Doença de Alzheimer e não tem outra explicação possível para os sintomas, ele será classificado como portador de Doença de Alzheimer. Embora possa parecer que o diagnóstico da Doença de Alzheimer é muito impreciso, muitos estudos têm demonstrado que um médico bem treinado é capaz de identificar corretamente a DA em seu início, em quase todos os casos.
Tratamento:
Uma vez diagnosticada, a Doença de Alzheimer vai exigir uma grande dose de compreensão e conhecimento, habilidade e trabalho por parte dos cuidadores, que geralmente são membros da família - mais comumente o próprio cônjuge. A capacitação e informação dos cuidadores e familiares deve ser realizada por profissionais de saúde treinados nos diferentes tipos de cuidados que esta doença complexa exige, e assim conseguirem proporcionar o melhor cuidado com o mínimo de sofrimento. Profissionais ou organizações de familiares de portadores da doença de Alzheimer existem em muitos países e são uma boa fonte de conhecimento e partilha de experiências. Finalmente, um tratamento otimizado irá diminuir a incidência de complicações durante o curso da doença. 

Perspectivas:
Um grande progresso tem sido feito no tratamento da DA nas últimas décadas e hoje não só existem medicamentos para um controle efetivo dos problemas comportamentais, mas medicamentos específicos que podem interferir com o progresso da doença.
A Doença de Alzheimer ainda é irreversível e atualmente nenhuma cura pode ser esperada, mas atualmente é razoável esperar uma redução na taxa de progressão dos sintomas e em alguns casos, uma ligeira evolução da função cognitiva pode ser alcançada com o uso da medicação. Isto é particularmente verdadeiro quando o diagnóstico é obtido bem no início do curso da doença e o tratamento é iniciado imediatamente, o que reforça a importância do diagnóstico precoce.

Muitas linhas de pesquisa em diferentes países estão constantemente contribuindo com o conhecimento sobre a doença e novas perspectivas para o seu tratamento. Isto significa que possivelmente algumas opções de tratamento que são atualmente apenas experimentais possam ser em breve aprovadas para uso clínicos, com grandes perspectivas de um maior impacto sobre a doença do que aquilo que pode ser alcançado hoje.
 
Mas a descoberta da cura ou vacina ainda deverá demorar algumas décadas, o que beneficiará apenas os futuros portadores da doença.

Dra Flávia Renata Topciu – CRM 121.925
Geriatra pela Sociedade Brasileira de Geriatria de Gerontologia