Quando
se fala em hipertensão arterial (“pressão alta”), pensamos nos adultos e
principalmente nos idosos. Mas as
crianças também são vítimas da doença e apenas nos últimos 25 anos o problema da
hipertensão arterial recebeu a devida atenção do pediatra.
A
importância da hipertensão arterial deve-se ao fato de ser um grande fator de
risco para doença cardiovascular, acidente vascular cerebral (AVC) e doença
renal.
A pressão
arterial é determinada pela interação entre fatores genéticos e ambientais: fatores
dietéticos (como sódio), estresse, sedentarismo, fumo e álcool.
Nas crianças, a pressão é considerada aumentada quando estiver
acima de valores que são estipulados conforme o sexo, a idade e a estatura. Para
saber se a criança apresenta hipertensão, o Pediatra deverá verificar qual é o
nível pressórico adequado, através de tabelas. Só será considerado que a
criança é hipertensa se houver 3 medidas alteradas, em diferentes dias.
Na maioria das vezes, a hipertensão
é silenciosa, pois os sintomas associados, como dor de cabeça, zumbidos e
sangramentos nasais, são raros. Então, normalmente é descoberta com uma medida
de pressão em uma consulta de rotina.
Crianças que apresentam obesidade,
história de hipertensão na família ou doença renal devem ter uma monitorização
frequente de pressão arterial.
Uma vez diagnosticada a hipertensão,
deve-se verificar a sua causa através de exames; quando houver uma causa,
deve-se primeiramente tratá-la. Hoje sabemos que a hipertensão arterial
detectada em algumas crianças pode ser secundária, por exemplo, às doenças
renais. Para o controle da
pressão há orientações dos hábitos de vida e medicamentos específicos que podem
ser administrados a estas crianças.
Quando
a hipertensão for associada à obesidade, exercícios físicos, orientação da
dieta e redução de peso são medidas importantes a serem tomadas.
Dra.
Fernanda Formagio de Godoy Miguel
Pediatra
pela SBP
CRM:
104.671
Nenhum comentário:
Postar um comentário