Atualmente temos vivido uma
preocupação nacional devido aos surtos ocorridos em várias cidades e estados do
nosso país. Portanto, nada mais importante do que esclarecer algumas dúvidas
sobre esta doença.
A
febre amarela é uma doença causada por um vírus: o Arbovírus, do gênero Flavivirus.
Este vírus é
transmitido pela picada de dois tipos principais de mosquito:
- o Aedes aegypti (o mesmo que transmite os vírus da dengue,
chikungunya e zika!) – responsável pela forma urbana da doença; ou seja, ocorre
nas cidades e somente os humanos são os acometidos.
- o Haemagogus janthinomys - responsável pela forma silvestre da doença. Neste caso, como os mosquitos se
localizam nas florestas, picam principalmente macacos, e os humanos são picados acidentalmente.
Após
a picada do mosquito infectado pelo vírus, a doença pode demorar de 3 a 6 dias
para mostrar os sintomas da infecção, que pode ser desde leve até grave, ou
mesmo fatal.
Nos
casos leves pode haver febre, dor no corpo, dor de cabeça, náuseas e batimentos
cardíacos lentos. Estes sintomas costumam durar cerca de 1 a 3 dias,
desaparecendo sem tratamento.
Já
nos casos graves, após ocorrerem os sintomas descritos acima, ao invés de haver
cura, há aumento da febre (crianças pequenas podem ter convulsão febril), diarréia,
acometimento do fígado (causando vômito com sangue, sangramento nasal e pele
amarelada ou icterícia), acometimento dos rins (diminuição da urina) e confusão
mental ou até coma. Alguns casos chegam a óbito.
O
diagnóstico da doença é feito:
- pelos sintomas;
- pela localização geográfica: as
regiões Norte e Centro-Oeste, os estados do Maranhão, Piauí, Bahia, Minas
Gerais, e parte dos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina são as
principais;
- por exames: através de amostra
de sangue do paciente, onde o vírus será isolado ou por sorologia.
Não
há tratamento específico contra o vírus; é feito tratamento dos sintomas e nos
casos graves é necessário hospitalização.
Para a
prevenção da doença, a vacinação é a medida mais importante, sendo feita
somente conforme a recomendação do Ministério da saúde e da Sociedade
Brasileira de Infectologia para moradores de zonas endêmicas ou de risco, e
também em pessoas que viajam (fazer 10 dias antes) para os locais endêmicos:
- de 9 meses a 4 anos: 1 dose aos
9 meses, e 1 reforço aos 4 anos.
- para maiores de 5 anos: 1 dose e
1 reforço em 10 anos.
Medidas
para conter a multiplicação dos mosquitos são de extrema importância e estão ao
alcance de todos nós, assim como o uso de repelentes.
Dra. Fernanda Formagio de Godoy
Miguel
Pediatra pela SBP
CRM: 104.671
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