A dor de cabeça é chamada de
cefaléia. E não são somente os adultos que apresentam este sintoma. Mesmo
crianças pequenas podem apresentar dor, mas principalmente crianças após os 10
anos de idade são acometidas.
A
cefaléia na infância pode ser classificada em:
1)Primárias: sendo as mais
freqüentes:
- enxaqueca: normalmente há
familiares com história de cefaléia; a dor é intensa, associada à náusea,
vômitos, fotofobia (piora com a luz), fonofobia (piora com barulho) e alteração
do olfato. Alguns alimentos podem ser responsáveis por desencadear a crise de dor:
chocolate, queijo, alimentos gordurosos, café, adoçantes (aspartame), entre
outros. O jejum prolongado, o estresse e a falta de sono também podem ser
desencadeantes.
- tensional: mais comum à partir
da adolescência e com dor menos intensa.
2) Secundárias: normalmente têm
alguma causa reversível. As causas mais comuns são:
- infecções: sinusites, gripes,
meningites.
- trauma: por queda,
atropelamento.
- psicológicas: ansiedade,
depressão.
- tumores cerebrais: causas mais
raras.
Normalmente,
não é necessário realizar exames para o diagnóstico de cefaléia primária; mas
se houver dúvidas, o Pediatra fará uma avaliação mais específica. Já para a
secundária, há exames a serem realizados de acordo com cada causa: coleta de
líquor para as suspeitas de meningite, tomografia para as suspeitas de tumores,
etc.
Para
o tratamento da cefaléia primária, normalmente é utilizado um analgésico. Em
casos recorrentes, pode-se utilizar medicamentos para prevenir a dor. E para a
secundária, há tratamento específico para cada causa, como antibióticos para
sinusite e meningite bacteriana, terapia psicológica para alguns casos, etc.
O
mais importante é dar atenção às seguintes situações: cefaléia que piora, acordar
à noite por dor, dor ao acordar, febre associada e dor após trauma.
No
caso de dúvida, sempre procurar o Pediatra.
Dra. Fernanda Formagio de Godoy
Miguel
Pediatra pela SBP
CRM: 104.670
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