A Fibrose Pulmonar Idiopática é uma doença
pulmonar progressiva de causa desconhecida. Por algum motivo, o pulmão perde
sua elasticidade e há um aumento descontrolado das células que causam
cicatrização (fibrose). Desta forma, o pulmão não consegue mais
desempenhar sua função primordial, que é captar oxigênio e
oxigenar as células, tecidos e órgãos.
É uma doença rara, há cerca de 13 mil brasileiros com FPI.
É uma doença rara, há cerca de 13 mil brasileiros com FPI.
Por causa da falta de oxigênio, quem sofre da
doença tem muita dificuldade para realizar atividades cotidianas, como subir um
lance de escadas, vestir-se sem ajuda, comer ou regar uma planta.
A
princípio, a FPI, normalmente, não causa sintomas ou causa apenas sintomas
ligeiros. À medida que a doença agrava, o paciente pode sentir:
•
Tosse seca
• Falta de ar e cansaço
•
Resfriados e infecções pulmonares mais frequentes
• Tom de pele azulado (a chamada cianose)
•
Mudanças no formato das unhas (o chamado baqueteamento digital)
•
Falta de apetite e perda de peso
Com o
passar do tempo, o paciente pode desenvolver doença cardíaca e coágulos
sanguíneos.
A principal angústia de médicos e pacientes é
que não havia, tanto no Brasil quanto no resto do mundo, medicamentos
eficientes a fim de diminuir a progressão da enfermidade, caracterizando a
FPI como uma “doença órfã”. Por esse motivo, a FPI é um dos temas que desperta
mais interesse nos pesquisadores e nos congressos de pneumologia.
Para aliviar o sintoma da falta de ar, as alternativas mais utilizadas até então eram a oxigenoterapia e o transplante de pulmão, procedimento complexo e de difícil realização.
Para aliviar o sintoma da falta de ar, as alternativas mais utilizadas até então eram a oxigenoterapia e o transplante de pulmão, procedimento complexo e de difícil realização.
Possibilidade de Tratamento
A
Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou recentemente a comercialização
do nintedanibe. Dois estudos publicados no periódico médico The New England Journal of Medicine mostraram
que as crises agudas de falta de oxigênio caíram em mais de 68% dos casos
após o uso do medicamento e houve diminuição da queda da função pulmonar em
50%.
O mecanismo de ação da nova droga impede a
multiplicação descontrolada das células que causam a fibrose (cicatrizes) do
tecido pulmonar, diminuindo, assim, a velocidade de progressão da doença.
Entretanto, como toda droga “nova”, ainda não há
previsão para sua implementação no SUS e seu custo é elevado (para o tratamento,
o paciente precisará desembolsar cerca de R$13 mil mensalmente e por tempo
indeterminado).
Dra Flávia Renata
Topciu – CRM 121.925
Geriatra pela Sociedade Brasileira de Geriatria de
Gerontologia
Especialista em Cuidados Paliativos pela Associação
Médica Brasileira