Hoje em dia temos vacinas contra vários tipos de vírus e
bactérias, causadores de doenças.
Primeiramente, o que significa vacinar uma criança? A vacina
contém pequenas partículas destes vírus ou bactérias, que entram em contato com
o organismo da criança, fazendo com que o sistema imunológico fabrique células
de defesa para combater estes “vilões”. Isto ocorre mesmo após anos da
aplicação da vacina.
Porém, não significa que a criança que recebeu a vacina contra uma
doença, nunca irá ter esta doença. Então, por que vacinar? Porque haverá
proteção contra as formas mais graves das doenças. Por exemplo: uma criança que
recebeu a vacina contra a catapora (varicela), poderá ter a doença, porém com
menor número de lesões, menor tempo de duração e menos risco de uma complicação
grave que poderia até levar à morte.
Quando a vacina não pode ser aplicada? De forma geral quando há
reação alérgica grave à vacina (já ocorrida em aplicação anterior), febre alta
de causa desconhecida (deve-se primeiro descobrir a causa da febre para só
depois receber a vacina) e doenças graves atuais. Febre por gripes e doenças
benignas, anemia e diarreia, não impedem
a aplicação.
E de forma geral também, febre, dor no local, irritação e
amolecimento das fezes são os efeitos colaterais mais comuns. Porém em grande
parte das crianças estes sintomas nem chegam a aparecer.
As Unidades Básicas de Saúde (UBS) oferecem as vacinas que fazem
parte do Calendário Vacinal do Ministério da Saúde gratuitamente. Algumas vacinas
somente são encontradas em Clínicas e Hospitais particulares. Em casos
especiais, como crianças imunodeprimidas (com anemia falciforme, AIDS, doenças
cardíacas graves) e surtos, o esquema vacinal é diferenciado.
O calendário vacinal é
o esquema de recomedação de quais vacinas devem ser administradas e quando
devem ser administradas na criança e no adulto.
De forma geral, no
Brasil as orientações são provenientes do Ministério da Saúde e das Sociedades
de Infectologia, Imunização e Peiatria brasileiras.
Há orientações
específicas para alguns grupos como prematuros, imunodeprimidos, portadores de
doenças crônicas e outros. Mas o
calendário vacinal nos mostra o esquema básico para a população geral, como o
abaixo, orientado pela Sociedade Brasileira de Imunizações.
No início deste ano, o Ministério da Saúde está realizando algumas
modificações neste calendário, como:
vacina tetra viral: acrescentado a vacina de varicela à tríplice viral
para as crianças = sarampo, rubéola e caxumba + varicela; acréscimo da vacina meningocócica C para
crianças e adolescentes; vacina tríplice
viral para adultos; HPV para meninos.
As vacinas são:
- BCG ID: contra a tuberculose;
- Hepatite B: contra o vírus causador da hepatite do tipo B;
- DPT: chamada tríplice bacteriana, contra difteria, tétano e
pertussis (coqueluche);
- Haemophilus influenzae
b:: contra a bactéria Haemophilus
influenzae tipo B, responsável por infecções como pneumonia, meningites,
etc.;
- Poliomielite: causadora da paralisia infantil;
- Rotavírus: contra o vírus causador de doença diarréica;
- Pneumocócica: contra a bactéria causadora de infecções como
pneumonia, meningites, etc.;
- Meningocócicas B e C: contra a bactéria causadora de um tipo
específico de meningites;
- Influenza: contra o vírus da gripe;
- Febre amarela : contra o vírus causador da febre amarela;
- Hepatite A : contra o vírus causador da hepatite do tipo A;
- Tríplice viral/ tetra viral: contra sarampo, caxumba e rubéola /
+ varicela (catapora);
- HPV: contra o papiloma vírus humano, que atinge pele e mucosas;
- dT : dupla adulto, contra
difteria e tétano; a dTpa contém o componente pertussis (coqueluche) acelular;
- Dengue: contra o vírus da dengue.
Calendário Vacinal
pela Sociedade Brasileira de Imunizações 2016/2017:
Dra. Fernanda F. G. Miguel
Pediatra pela SBP
CRM 104.671
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