segunda-feira, 1 de agosto de 2016

DOR DE OUVIDO


            

Esta é uma das queixas muito frequentes na infância, principalmente dos 6 meses aos 7 anos de idade.
            As infecções de ouvido são chamadas de otites. E elas são divididas basicamente em:
·         Otite média aguda (OMA): comum após gripes e resfriados, tendo também como fatores de risco a exposição ao cigarro pelos familiares, o hábito de oferecer mamadeira para a criança deitada e presença de refluxo gastroesofágico.
As crianças maiores conseguem relatar dor de ouvido, mas as menores não. Os bebês demonstram a dor pela irritabilidade e pelo choro, largando o peito ou a mamadeira ao sugar. A febre, assim como a queixa de dor, também é muito frequente. Tosse e vômitos podem acompanhar o quadro.
Para avaliar se há infecção bacteriana, e necessidade de uso de antibiótico, a  criança deverá ser examinada pelo Pediatra, através da otoscopia, que mostrará uma membrana timpânica abaulada, avermelhada e poderá apresentar secreção purulenta. Utilizam-se também analgésicos para controlar a dor e a febre.
·         Otite externa: acomete a região do pavilhão auricular e o conduto auditivo, composta basicamente por pele e cartilagem. A pele é bastante delicada, e protegida pelo cerume (cera) produzido no local. Portanto, o uso de hastes flexíveis (cotonetes) não é correto e pode propiciar infecções. Outro fator de risco para este tipo de otite é passar muito tempo dentro d'água, o que deixa o ouvido molhado por longo período, dissolvendo o cerume protetor e podendo levar a infecções por bactérias e fungos. Os sintomas de otite externa são dor e inchaço no canal do ouvido. Pode haver uma sensação de que ele está “tampado” ou de que a capacidade auditiva diminuiu. O Pediatra também irá avaliar a necessidade de tratamento, que poderá ser tópico ou com antibióticos orais.
Em casos mais complexos ou de infecções recorrentes, a criança deverá ser avaliada pelo especialista: o Otorrinolaringologista. Este irá avaliar se existe alguma causa específica para as infecções e qual a melhor conduta.



Dra. Fernanda Formagio de Godoy Miguel
Pediatra pela SBP

CRM: 104.671

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