sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

USO DE REPELENTES NA INFÂNCIA





Devido ao aumento do número de casos de infecções pelos vírus da dengue, zica e chikungunya, ambos transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti, o uso de repelente tem feito parte da nossa rotina.
            Lembrando que a prevenção é a principal forma de combate aos mosquitos, o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria fornecem algumas informações para esclarecer as dúvidas sobre o uso de repelentes em crianças.
            Os repelentes apenas afastam os mosquitos. Eles podem ser classificados em:
- de ambiente: aparelhos elétricos líquidos e em pastilhas. Ressaltando que os aparelhos elétricos não devem ser utilizados em locais com pouca ventilação e nem na presença de pessoas asmáticas ou com alergias respiratórias, e no mínimo, a dois metros de distância das pessoas.

- tópicos: no Brasil, os principais compostos químicos regularizados pela Anvisa são
·         DEET - marcas: OFF KIDS e Super Repelex Kids Gel. Podem ser usados em crianças, recomendados a partir de dois anos de idade.
·          Icaridina - marcas: Exposis Infantil.  Também para as crianças dessa mesma faixa etária.
·         IR3535 -  marcas: Skin 20 Soft (Avon) e Clear Lotion – Loção Antimosquito (Johnson’s Baby).  Possuem efeitos menos tóxicos sobre o organismo dos bebês; o seu tempo de duração é estimado em duas horas, e pode ser utilizado em crianças a partir de seis meses.

Para bebês de até 6 meses, não é recomendado o uso de repelentes tópicos. Então as alternativas são: uso de janelas fechadas com telas, utilização de mosquiteiros simples e vestimentas com mangas e calças compridas.
Outras orientações importantes: as crianças nunca devem dormir com repelentes aplicados na pele; procure na embalagem do produto a partir de que idade o produto pode ser usado; leia todo o rótulo antes de aplicar o produto e guarde-o para consulta (pode ser necessário em casos de alergia); aplique o produto conforme instruções do fabricante, somente nas partes do corpo permitidas; mantenha os repelentes fora do alcance de crianças, longe de alimentos, e não permita que apliquem sozinhas; não use próximo das mucosas (boca, nariz, olhos, genitais); não usar em pele irritada ou ferida; sempre lave as mãos após aplicação de qualquer tipo de repelente; evitar aplicar nas mãos das crianças; usar quantidade suficiente, reaplicar quando for indicado pelo fabricante.


Dra. Fernanda Formagio de Godoy Miguel
Pediatra pela SBP

CRM: 104.671

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