quarta-feira, 15 de julho de 2015

Quando e por que procurar um geriatra?





O geriatra é um médico generalista e especialista ao mesmo tempo. Ou seja, é o médico que sabe de tudo um pouco, e que também domina uma determinada área do conhecimento médico e se torna referência nesta área até mesmo para os outros médicos. Como generalista, o geriatra atua na prevenção, avalia e trata doenças dos mais diferentes aparelhos do nosso corpo. E como conhece razoavelmente bem cada área da medicina, sabe onde seu conhecimento termina e onde deve contar com o auxílio de outro especialista, encaminhando o paciente de forma correta. Mas o geriatra é também um especialista: é a única especialidade da medicina que se dedica a estudar o idoso e o processo de envelhecimento. Nesta área, o geriatra é referência para os outros especialistas. 

O geriatra então está atento a todos os aspectos da saúde dos idosos, e os relaciona com as particularidades da saúde diante do processo de envelhecimento. Enquanto a grande maioria das especialidades médicas se dedica a um órgão ou sistema, a geriatria é das poucas especialidades que se dedica ao indivíduo como um todo e a única que estuda o processo de envelhecimento.

Assim, ter um geriatra é ter o seu médico e não um médico para cada órgão ou doença. É o médico que lhe conhece e pode lhe atender, apoiar e orientar a qualquer hora em qualquer dia, seja no consultório, na sua casa e até dentro do hospital se for necessário. O geriatra então acaba resgatando a figura antiga e saudosa do “médico de família”, que está sempre a disposição para nos socorrer.

Há portanto grandes motivos para se procurar um geriatra. O primeiro é ser idoso e desejar ter um médico responsável pela sua saúde como um todo, capaz de lidar com a maioria das condições de saúde e de doença, seja do coração, anemia, depressão, diabetes ou pressão alta, colesterol alto, osteoporose, tireoideopatias, tabagismo ou distúrbios do sono, isoladamente ou todas juntas.

Outro grande motivo é querer envelhecer com saúde e fazer uma avaliação ampla especificamente para  seu caso, considerando sua ocupação diária e de lazer, para um aconselhamento amplo de saúde, especifico para cada idade.

Envelhece bem quem se cuida de forma ativa e preventiva. E para isto nunca se é novo ou velho demais.

Dra Flávia Renata Topciu – CRM 121.925
Geriatra pela Sociedade Brasileira de Geriatria de Gerontologia

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Alimentos complementares


Começaremos este artigo lembrando que o Departamento de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria adota a recomendação da OMS, que preconiza o uso de leite materno exclusivo até os seis meses de idade e a manutenção da amamentação até os dois anos ou mais.

A partir deste período, está indicada a introdução de alimentos complementares, pois o uso exclusivo de leite materno não supre todas as necessidades nutricionais da criança, sendo necessária a introdução de outros alimentos. Também, é a partir dessa idade que a maioria das crianças atinge o desenvolvimento (mastigação, deglutição, digestão), que permitem receber outros alimentos além do leite materno.

Alimentação complementar é o conjunto de outros alimentos, além do leite materno, oferecidos durante o período de aleitamento.

Os alimentos complementares podem ser chamados de transicionais, quando são especialmente preparados para a criança pequena até que ela possa receber os alimentos consumidos pela família (em torno dos 9-11 meses de idade). Devem ser oferecidos, inicialmente, em forma de papa, passando para pequenos pedaços e, após os doze meses, na mesma consistência dos alimentos consumidos pela família.

Neste momento, cabe ao pediatra avaliar os alimentos consumidos pela família.
É necessário lembrar que a introdução dos alimentos complementares deve ser gradual, sob a forma de papas, oferecidos com a colher.

É importante oferecer água potável, porque os alimentos oferecidos ao bebê apresentam maior sobrecarga para os rins.

Deve-se lembrar também que a composição da dieta deve ser variada e deve-se  fornecer todos os tipos de nutrientes para a criança.

Esquema para introdução dos alimentos complementares:

  • até 6º mês- Leite materno exclusivo;
  • 6º mês - Leite materno, suco, papa de frutas;
  • 6º ao 7º mês - Leite materno, primeira papa salgada, suco de frutas, papa de frutas;
  • 7º ao 8º mês - Leite materno, segunda papa salgada, ovo, suco de frutas, papa de frutas;
  • 9º ao 11º mês - Leite materno e gradativamente passar para a comida da família;
  • 12º mês - Leite materno e comida da família.



Dra. Fernanda Formagio de Godoy Miguel
Pediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria
CRM: 104.671