quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Novembro Azul – Câncer de Próstata



à 50 anos
-       É a idade para começar os exames de próstata. 
-       História familiar de jovens com câncer de próstata: exames aos 45 anos.


à 90% de chance de sucesso no tratamento se o câncer for diagnosticado precocemente


à 61 mil Brasileiros têm câncer de próstata por ano.

-       tipo mais incidente nos homens
-       2ª causa de morte por câncer entre os homens.

à Sinais e sintomas (procure um médico):

-       Urinar pouco de cada vez;
-       Ir ao banheiro com frequência, levantando até no meio da noite para urinar;
-       Dificuldade para urinar;
-       Dor ou sensação de ardor ao urinar;
-       Presença de sangue na urina ou sêmen;
-       Ejaculação dolorosa.

à O que fazer para prevenir o câncer: 

 As clássicas recomendações de saúde são fundamentais: alimentação saudável, exercícios físicos, nada de cigarro, devagar com o álcool e com as calorias para não engordar demais.
- mantenha uma rotina de exercícios durante a semana. Não deixe seu corpo parado no dia a dia para só suar a camisa no domingo.
- Prato colorido é prato equilibrado: legumes, verduras, proteínas, grãos, carboidratos, tudo o que você precisa. Abuse do vermelho na mesa, comendo muita melancia, goiaba, tomate. Eles contêm licopeno, substância antioxidante que ajuda a inibir alterações no DNA das células que provocam o surgimento do câncer.
- Higiene é saúde: atenção à limpeza correta do pênis. E use camisinha para prevenir doenças, como a infecção pelo HPV, um grande fator de risco do câncer

 Dra Flávia Renata Topciu – CRM 121.925
Geriatra pela Sociedade Brasileira de Geriatria de Gerontologia

Especialista em Cuidados Paliativos pela Associação Médica Brasileira

terça-feira, 7 de novembro de 2017

A Pele do bebê


A pele é o maior órgão do nosso organismo e grande protetor contra várias agressões externas, como produtos químicos, infecções, raios ultravioletas, traumas, etc.
O recém-nascido pode apresentar algumas alterações de pele desde o nascimento ou logo nos primeiros dias de vida. Estas podem ser permanentes ou transitórias.
- prevenir a desidratação;
- dificultar a absorção de produtos tóxicos;
- dificultar a invasão de bactérias;
- secretar substâncias pelas glândulas, como o suor, que auxilia na regulação da temperatura corpórea;
- proporcionar a percepção de calor/frio, dor e tato;
- auxiliar na produção de vitamina D.

O recém-nascido pode apresentar algumas alterações de pele desde o nascimento ou logo nos primeiros dias de vida. Estas podem ser permanentes ou transitórias.
1. Transitórias:
• Eritema tóxico neonatal: comum entre o 3° e o 21° dia de vida. Começam como pequenas manchinhas avermelhadas, e se tornam pequenas pústulas (bolhas), desaparecendo espontaneamente em cerca de duas semanas.
• Melanose pustulosa neonatal: pequeninas pústulas (bolhas) que formam crostas (“casquinhas”) e desaparecem em alguns dias.
• Miliária: são pequenas vesículas (bolhas), principalmente na face, por obstrução de saída do suor. Desaparecem espontaneamente.
• Milios: são “bolinhas” amareladas, principalmente na face, como cistos. Também somem sem tratamento específico.
• Crosta láctea: pequenas escamas gordurosas amareladas em couro cabeludo e sobrancelhas.
• Mancha mongólica: mancha roxo-acinzentada em nádegas, comum em meninos e na raça negra.
2. Permanentes:
Algumas lesões na pele do recém-nascido podem ser congênitas e até mesmo sugerir associação com outras doenças. As manchas acastanhadas e esbranquiçadas devem ser sempre avaliadas.
Os principais cuidados com a pele do bebê são:
• Higiene: deve-se utilizar produtos específicos infantis, que não tenham irritantes e não tenham risco de toxicidade.
• Prevenção: contra os raios ultravioletas.
Dra. Fernanda Formagio de Godoy Miguel
Pediatra pela SBP
CRM: 104.671

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

VITAMINAS E MINERAIS



As vitaminas e os minerais são chamados de micronutrientes. São substâncias que obtemos da alimentação e que são necessárias para nossa saúde. Portanto, uma alimentação saudável e variada é indispensável para obtermos estes nutrientes.
            Desde o nascimento, a criança já necessita de vitaminas e minerais. A partir do 7º. ao 15º. dia de vida, os bebês devem tomar banho de sol para a produção de vitamina D, que é fundamental para a formação dos ossos e prevenção do raquitismo. Porém, como a exposição regular ao sol nem sempre é possível, normalmente o bebê recebe uma suplementação diária de vitaminas A e D, através de gotas orais, até cerca de 2 anos.
            O leite materno normalmente supre o restante das necessidades de micronutrientes até os 6 meses. Posteriormente, a alimentação irá fornecê-los.
            A deficiência de ferro é muito frequente em crianças brasileiras, causando a anemia ferropriva. Portanto, para a prevenção desta doença, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda a suplementação de ferro oral para:
·         recém-nascidos de baixo peso ou prematuros: do 15 dia de vida até 1ano/ 2 anos ;
·         bebês que não recebem leite materno ou fórmula infantil (leite “de latinha”, específico para bebês, de 0 a 6 meses e de 6 a 12 meses): do 15 dia de vida até 1 ano e meio/2 anos;
·         bebês quando iniciam alimentação complementar (suco, frutas e papa): até1 ano e meio/2 anos.

O abastecimento público de água é acrescido com flúor, o que garante a sua melhor forma de acesso a toda população. A principal ação do flúor é sobre os dentes.
Após o primeiro ano de vida, a criança tem um menor ritmo de crescimento, o que facilita a sua exposição ao sol e uma alimentação mais variada. Desta forma, a suplementação de vitaminas e minerais não é mais necessária, a não ser em casos específicos.

Dra. Fernanda Formagio de Godoy Miguel
Pediatra pela SBP

CRM: 104.671

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Fibrose Pulmonar Idiopática


A Fibrose Pulmonar Idiopática é uma doença pulmonar progressiva de causa desconhecida. Por algum motivo, o pulmão perde sua elasticidade e há um aumento descontrolado das células que causam cicatrização (fibrose).  Desta forma, o pulmão não consegue mais desempenhar sua função primordial, que é captar oxigênio e oxigenar as células, tecidos e órgãos.
É uma doença rara, há cerca de 13 mil brasileiros com FPI.
Por causa da falta de oxigênio, quem sofre da doença tem muita dificuldade para realizar atividades cotidianas, como subir um lance de escadas, vestir-se sem ajuda, comer ou regar uma planta.
A princípio, a FPI, normalmente, não causa sintomas ou causa apenas sintomas ligeiros. À medida que a doença agrava, o paciente pode sentir:
• Tosse seca
 • Falta de ar e cansaço
• Resfriados e infecções pulmonares mais frequentes
 • Tom de pele azulado (a chamada cianose)
• Mudanças no formato das unhas (o chamado baqueteamento digital)
• Falta de apetite e perda de peso
Com o passar do tempo, o paciente pode desenvolver doença cardíaca e coágulos sanguíneos.

A principal angústia de médicos e pacientes é que não havia, tanto no Brasil quanto no resto do mundo, medicamentos eficientes a fim de diminuir a progressão da enfermidade, caracterizando a FPI como uma “doença órfã”. Por esse motivo, a FPI é um dos temas que desperta mais interesse nos pesquisadores e nos congressos de pneumologia.
Para aliviar o sintoma da falta de ar, as alternativas mais utilizadas até então eram a oxigenoterapia e o transplante de pulmão, procedimento complexo e de difícil realização.
Possibilidade de Tratamento

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou recentemente a comercialização do nintedanibe.  Dois estudos publicados no periódico médico The New England Journal of Medicine mostraram que as crises agudas de falta de oxigênio caíram em mais de 68% dos casos após o uso do medicamento e houve diminuição da queda da função pulmonar em 50%.
O mecanismo de ação da nova droga impede a multiplicação descontrolada das células que causam a fibrose (cicatrizes) do tecido pulmonar, diminuindo, assim, a velocidade de progressão da doença.
Entretanto, como toda droga “nova”, ainda não há previsão para sua implementação no SUS e seu custo é elevado (para o tratamento, o paciente precisará desembolsar cerca de R$13 mil mensalmente e por tempo indeterminado).
 Dra Flávia Renata Topciu – CRM 121.925
Geriatra pela Sociedade Brasileira de Geriatria de Gerontologia

Especialista em Cuidados Paliativos pela Associação Médica Brasileira

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

FIBROSE CÍSTICA



Esta doença é também chamada de mucoviscidose e sua causa é genética. Ocorre pela falta ou disfunção de uma proteína que está presente em algumas glândulas do corpo, como no pâncreas.
Isto faz com que haja produção de muco espesso e anormal, podendo levar a:
- tosse crônica;
- chiado no peito freqüente;
- pneumonias frequentes;
- suor excessivo e muito salgado;
- dificuldade em ganhar peso e altura;
- fezes volumosas e diarréia freqüente.
A fibrose cística pode ser diagnosticada por três formas:
- triagem neonatal (Teste do Pezinho);
- teste do Suor;
- teste Genético.
É uma doença que necessita de tratamento contínuo, e normalmente é feito em centros especializados. O seu principal objetivo é prevenir as infecções e complicações, através de:
- terapia pulmonar: inalações, fisioterapia respiratória e uso de antibióticos quando necessário;
- suporte nutricional: com suplementação específica para cada criança;
- reposição de enzimas do pâncreas, para ajudar na digestão e absorção dos alimentos;
            Medidas de prevenção são fundamentais, como a vacinação adequada e as medidas de higiene.

Dra. Fernanda Formagio de Godoy Miguel
Pediatra pela SBP

CRM: 104.671

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Tumores de Cabeça e Pescoço



Anualmente em julho, acontece  o JULHO VERDE,  campanha de prevenção do câncer de cabeça e pescoço, com o objetivo de conscientizar e alertar a população sobre os sintomas da doença e a importância da detecção precoce, desta que é a quinta neoplasia mais comum no mundo.

Já foi identificado que o hábito de beber e fumar aumenta em até 20 vezes a chance de uma pessoa desenvolver algum tipo de câncer de cabeça e pescoço. Tumores nessa região correspondem a 3% de todos os tipos de câncer. Os de cavidade oral, que incluem lábios, língua, assoalho de boca, céu da boca, orofaringe como amígdalas, e de laringe são os tumores mais comuns. Sendo o segundo mais frequente no homem, superado apenas pelo câncer de próstata. Nas mulheres, o câncer de tireoide aparece como o oitavo mais comum, com estimativa de 5.800 novos casos no Brasil em 2016.

Além do tabagismo e o álcool, outros fatores estão associados mais fortemente ao aparecimento do câncer de boca, como a infecção por HPV (subtipo 16 principal) e exposição solar (para o câncer no lábio).
Há também os fatores de baixo risco, dentre os quais estão a dieta pobre em frutas e vegetais, má higiene oral, próteses mal ajustadas ou adaptadas, genéticos e outros aspectos em associação que determinam uma queda na imunidade do hospedeiro, levando ao aparecimento do tumor.

Os sintomas do câncer de boca, às vezes, são nítidos, como feridas com ardor na boca, e às vezes não, sendo indolores no início, como uma ferida que não cicatriza e não dói. Devemos suspeitar de feridas na boca que não cicatriza em duas semanas; os nódulos persistentes no pescoço e em mucosa da bochecha, lábio, assoalho de boca e língua; as manchas esbranquiçadas ou avermelhadas, indolores ou com leve ardor local em mucosa da boca; os dentes que apresentam amolecimento sem causa aparente; o inchaço na gengiva que dificulta uso de prótese; a dificuldade para engolir, falar, mastigar; mau hálito e perda de peso. 

 Apesar de quase 90% das lesões malignas de boca estarem localizadas na língua, assoalho, mucosa jugal e palato, ou seja, de fácil suspeita e reconhecimento, ainda diagnostica-se , na maioria dos casos, lesões em estádios avançados, o que dificulta muito o tratamento, levando a cirurgias complexas, com reconstruções para a reabilitação mais adequada e invariavelmente seguidas de radioterapia e quimioterapia, e infelizmente com índices mais baixos de sobrevida.

No Brasil, cerca de 70% dos casos ainda apresentam-se em estádios avançados: III e IV, onde as chances de cura ou controle são menores, porém podem ser atingíveis. Já os casos iniciais I e II possuem alta chance de cura/controle.

A incidência do câncer de boca, no Brasil, tende a aumentar, ultrapassando outras doenças.  A prevenção de fatores de risco ainda é a medida mais simples e eficaz para evitar o aparecimento desses tumores. Recomenda-se cessar o consumo de tabaco e álcool, pois associados e com a presença dos outros fatores já descritos aumenta-se muito a possibilidade de desenvolver esta doença.


Dra Flávia Renata Topciu – CRM 121.925
Geriatra pela Sociedade Brasileira de Geriatria de Gerontologia
Especialista em Cuidados Paliativos pela Associação Médica Brasileira

terça-feira, 1 de agosto de 2017

URTICÁRIA



A urticária é um quadro alérgico, caracterizado por “manchas” avermelhadas na pele, que coçam e que desaparecem sob pressão (quando comprimidas) e que normalmente somem rapidamente.
            Na maioria dos casos, ocorre quando um desencadeante (chamado alérgeno) junta-se com o anticorpo específico das células, liberando uma substância chamada histamina, responsável pelo prurido (coceira) e dilatação de vasos sanguíneos (vermelhidão). Podem ocorrer em qualquer parte do corpo.
            As causas são inúmeras, como:
·         Reação a medicações: antiinflamatórios, analgésicos, antibióticos.
·         Alimentos: os mais frequentes são peixe, camarão, amendoim, nozes, castanhas e chocolate.
·         Corantes alimentícios e aditivos alimentares: corante amarelo-vermelho e glutamato monossódico.
·         Infecções: por vírus, bactérias e parasitas.
·         Picada de insetos: abelhas e formigas.
·         Física: pelo frio, luz solar e atividade física.
·         Contato: com substâncias como látex.
·         Outras doenças.

O tratamento depende da intensidade do quadro. As urticárias mais leves podem ser tratadas com medicações orais, prescritas pelo médico. Já nos casos mais graves, é preciso internação hospitalar para medicação endovenosa e cuidados intensivos.



Dra. Fernanda Formagio de Godoy Miguel
Pediatra pela SBP

CRM: 104.671